sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Saltos de desenvolvimento


Post para as gravidinhas e recém-mamães! Você já ouviu falar que o desenvolvimento e o crescimento do bebê no primeiro ano e além podem provocar alterações no seu sono?
Olha que interessante o artigo de Andreia Mortensen sobre saltos de desenvolvimento, picos de crescimento e angústia de separação podem interferir no sono do bebê e da criança.
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O primeiro ano da criança é uma fase de mudanças extraordinárias para toda a família. Esse período é excitante e desafiador, quando bebês aprendem a comunicar suas necessidades e pais aprendem como atendê-las.

Você pode pensar que o desenvolvimento do seu bebê (como aprender a rolar, engatinhar e andar) e seu crescimento não tem nada a ver com o sono, mas a verdade é que caminham juntos! 

SALTOS DE DESENVOLVIMENTO
são aquisições de habilidades funcionais específicas que ocorrem em determinados períodos. O ritmo de desenvolvimento não é constante: há alguns períodos de desenvolvimento acelerado e outros onde há uma desaceleração.

Toda vez que seu bebê desenvolve uma nova habilidade, ele fica tão excitado e obcecado com a conquista que a quer praticar o tempo todo, inclusive durante o sono. Em outras palavras, um dos ‘efeitos colaterais’ desse trabalho todo que o cérebro dos bebês está fazendo é que eles não dormem tão bem quanto o fazem em períodos que não estão trabalhando em dominar uma nova habilidade. Eles podem até resistir às rotinas já estabelecidas.

No período que imediatamente antecede o chamado salto de desenvolvimento, o bebê repentinamente pode se sentir perdido no mundo, pois seus sistemas perceptivo e cognitivo mudaram, houve uma maturidade neurológica, mas não tempo hábil para adaptação às mudanças. Então o mundo lhe parece estranho, e o resultado da ansiedade gerada é geralmente desejar voltar para sua base, ao que já lhe é conhecido, ou seja, a mamãe! Em vista disso, é comum ficarem mais carentes, precisando de mais colo, e com frequência há também alterações em seu apetite e sono.

Então, nessas fases, é preciso apenas ter um pouco de paciência e empatia com o bebê - depois do processo de aquisição da nova habilidade (como rir, engatinhar, sentar, interagir, andar) o bebê dá um salto no desenvolvimento e demonstra felicidade com o final da ‘crise’. Ou seja, por um lado, o bebê fica feliz com a nova habilidade e independência que vem junto, e já é capaz de se afastar um pouco da mamãe. Por outro lado, sente angústias e receios com essa nova situação. Isso lhe traz sentimentos dúbios: é como uma ‘dança louca’ entre separação e apego, onde o bebê irá flutuar entre os dois por um período.

A duração de cada salto é variável, mas geralmente depois de algumas semanas a fase difícil passa e tudo volta à normalidade. Bebês e crianças precisam de cuidados amorosos, empatia e novas experiências, e não de brinquedos caros. Fale com seu bebê, cante, brinque com ele, leia para ele. São atividades chave para o desenvolvimento do cérebro. Os saltos no desenvolvimento não cessam na infância, mas continuam até a adolescência. 

Essas aquisições ocorrem em vários aspectos:
1- desenvolvimento motor (aprender a usar grupos de músculos para sentar, andar, correr, ter equilíbrio corporal, mudar de posições e outros),
2- desenvolvimento do controle motor fino (usar as mãos para comer, desenhar, se vestir, tocar um instrumento, escrever, e tantas outras coisas), 
3- linguagem (desenvolvimento da fala, uso de linguagem corporal e gestos, comunicação e entendimento do que outros dizem), 
4- desenvolvimento cognitivo [nos dois primeiros anos de acordo com Piaget ocorre o desenvolvimento sensório-motor, que inclui habilidades de pensamento como aprendizado, entendimentos, resolução de problemas, raciocínio e memória] e desenvolvimento social (interagir e se relacionar com familiares, amigos e professores, mostrar cooperação e empatia).

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Gravidinhas: melhor posição para dormir


Você sabe qual a melhor posição para uma grávida dormir ou cochilar durante o dia?
Na foto você pode observar como o feto fica posicionado dentro da barriga da mãe quando deitada na posição supina e lateral.
Agora, gravidinhas de plantão, dormir virada para o lado esquerdo é melhor, beneficiando a circulação do sangue entre mãe e feto, bem como a oferta de oxigênio e nutrientes para o bebe.
Ao deitar-se do lado direito, a veia cava é comprimida, dificultando a passagem de ar, o sangue bombeia menos oxigênio para o corpo, sobretudo, o útero, deixando o bebe irritadiço por não receber o devido oxigênio.
Mesmo assim, independente de como você esteja dormindo, não há com que se preocupar mamães, pois isso não acarretará danos futuros a mãe e nem ao bebe.
Até porque temos que revezar as posições, pois devido ao barrigão, temos muitos episódios de cãimbras.
E vai uma dica, durma com a barriga virada para fora, facilitando nossas idas, que parecem não ter fim, ao banheiro e evitando forçar desnecessariamente suas costas.

:)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Pré-natal perfeito resulta em uma gravidez tranquila



Gravidinhas lindas e mulheres que querem muito ser mamães, vocês sabem qual a importância do pré-natal?
Vamos ficar atentas às dicas que o site uol disponibilizou e que vale muito a leitura.

Nem todas as gestantes realizem o pré-natal, pois não entendem a importância de acompanhar a evolução da gravidez e só procuram um médico quando a gestação está avançada ou quando o parto já está próximo.

O pré-natal é quem vai garantir uma gravidez saudável e um parto sem riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê, sendo possível acompanhar o desenvolvimento do feto e, se houver algum problema, detectar precocemente, aumentando as chances de deter o problema. No caso das mães, algumas doenças como a diabetes gestacional e a pré-eclampsia podem aparecer durante a gravidez, trazendo graves conseqüências para a gestante, porém, esses problemas também podem ser controlados com o pré-natal.

COMO FAZER
Antes mesmo de engravidar, deve-se pensar em procurar um médico para orientar e planejar a gestação. Mas como escolher um profissional? 
É fundamental que haja uma relação de confiança entre médico e paciente. Durante a gestação é comum a mulher sentir-se sensível e insegura. Um bom profissional, em quem a gestante confie, poderá ajudá-la a resgatar a força nesse período tão importante da vida.
Se a mulher ainda não tiver um ginecologista de sua confiança, é hora de procurar. Indicações de amigas são sempre bem-vindas. A grande maioria dos médicos ginecologistas é também obstetra. Alguns poucos profissionais acabam se dedicando apenas ao atendimento no consultório e não realizam partos.

O ideal é que antes de engravidar, o casal converse com o médico sobre como será o acompanhamento, se é a favor do parto normal ou cesariana, em quais hospitais atende, se aceita plano de saúde e outras questões práticas. Essa é a hora de tirar todas as dúvidas com o seu médico.

GESTAÇÃO DE 12 MESES
O conceito “Gravidez de 12 meses” foi criado pelo Dr. Sérgio Peixoto, Professor Associado Livre-docente de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP. Ele sugere que o pré-natal deve começar antes mesmo da concepção. Alguns especialistas concordam que os pais devem procurar orientações médicas e começar a se preparar física e psicologicamente para a gestação ao menos três meses antes de engravidar.

Se os pais estiverem preparados e seguros quanto às mudanças que estão por vir, já que a gravidez mexe muito com a sensibilidade e emoção, as chances da gestação e do parto ser muito mais tranqüilo é bem maior. Além de tirar as dúvidas do casal e passar as informações mais relevantes, a consulta médica antes da gravidez é fundamental, pois serão realizados exames clínicos e laboratoriais para checar a saúde do casal. Caso haja necessidade, eles terão tempo de fazer o tratamento adequado antes da concepção do bebê. 

Na ocasião, o médico fará a atualização das vacinas, indicará exercícios e cuidados com a alimentação dependendo dos hábitos da paciente, e irá verificar se o pai ou a mãe tomam medicamentos, fumam, usam álcool ou algum tipo de droga, ou têm alguma característica genética que seja um fator de risco para a gestação. Se a mãe tem alguma doença preexistente como diabetes ou pressão alta, o médico deverá tomar providências para equilibrar as taxas e prevenir futuras complicações.

O especialista poderá ainda receitar o uso de ácido fólico, que deve ser tomado três meses antes da gestação, com o objetivo de diminuir a incidência de malformações do feto.

Quando o corpo e a alma estiverem em ordem, é hora de parar o método anticoncepcional e engravidar.

EXAMES
Existe uma lista de exames básicos que toda mulher que engravida deve fazer. A maioria deles são exames de sangue feitos em laboratório como o hemograma completo, para checar se a mulher está com anemia ou infecções, glicemia, para verificar a taxa de glicose no sangue, e algumas sorologias como HIV, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis e hepatite B e C, além de tipagem sanguínea e fator Rh. O médico deve ainda solicitar exames de urina e fezes.

Alguns desses exames laboratoriais devem ser repetidos algumas vezes durante a gravidez, como o hemograma, realizado mensalmente, a glicemia, que é repetida na 26ª semana de gestação, além de algumas sorologias para verificar se a mulher foi infectada durante a gravidez.

O ideal é que a gestante realize três ultra-sonografias: uma no primeiro trimestre da gravidez para avaliar o tempo de gestação com mais precisão, outra no segundo semestre, quando os órgãos já estão formados, e a última no terceiro trimestre para acompanhar o crescimento fetal. 

Em casos de gestação de risco ou se os resultados dos exames estiverem fora do padrão esperado para aquela fase da gravidez, o médico poderá pedir outros exames adicionais ou repetir alguns de acordo com a necessidade para uma melhor avaliação. 

Geralmente, as consultas médicas são mensais até o sétimo mês de gestação, quinzenais até a 36ª semana e semanais até o final da gestação.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Dúvidas?? gravidinhas...


No período gestacional, muitas gravidinhas tem uma porção de dúvidas sobre quase tudo.
Comigo também não foi diferente, mas as dúvidas nem sempre são as mesmas para cada pessoa.
Na maioria das vezes são sintomas poucos conhecidos na gravidez e que nem sempre representam algo errado. Apesar de nunca saber o que lhe aguarda para o próximo mês, é sempre bom se informar.
Por isso vou compartilhar a matéria do site IG em que médicos e especialistas respondem as dúvidas mais comuns das gestantes:

1- Enjoar durante os nove meses?
Sim. Embora o senso comum diga que os enjoos duram só o primeiro trimestre, algumas mulheres passam os nove meses com náuseas. Isso pode ocorrer devido a uma maior sensibilidade aos hormônios, às mudanças na posição do estômago ou até mesmo à alteração no ritmo gastro-intestinal.
- Porém... ao perceber um enjoo prolongado, a paciente deve procurar um médico para descartar outras patologias, como gastrites, esofagites, úlceras e problemas de vesícula biliar.

2- Perder peso?
Sim. Ao contrário do que muita gente pensa, uma gestante pode, sim, emagrecer durante a gravidez. Isso geralmente ocorre no primeiro trimestre da gestação, devido aos constantes enjoos e vômitos. O fato também é frequente quando a mulher já estava acima do peso e inicia uma dieta monitorada – ao mesmo tempo em que ganha o peso do bebê, ela perde o excesso. No fechar da conta, acaba emagrecendo.
- Porém... O ginecologista e obstetra Eduardo Zlotnik, alerta que este aspecto é considerado normal somente nos três primeiros meses. “O ganho de peso [da mulher] influencia o resultado da gestação e o crescimento do bebê. Porém, no primeiro trimestre, devido aos enjoos, muitas perdem peso transitoriamente, sem nenhum problema”, esclarece.

3- Ter corrimentos?
Sim. Os médicos garantem que não há motivo para preocupação se a mulher passar a ter um corrimento mais constante durante a gravidez. É que durante este período ocorre uma alteração na acidez vaginal (pH), o que favorece a fragilidade da mucosa e a proliferação de agentes causadores de corrimento vaginal. 
- Porém... “É importante observar a coloração e o odor deste muco, pois pode ser um processo inflamatório”, alerta o ginecologista e obstetra João Leandro Costa de Matos.

4- Ter sangramentos?
Sim. No começo da gestação muitas mulheres têm uma pequena perda sanguínea devido à implantação do óvulo no útero, chamada nidação, e confundem isso com menstruação, especialmente quando os ciclos são irregulares. 
- Porém... apesar de ser normal, é bom ficar atenta e comunicar o seu médico caso isso ocorra, para descartar, inclusive, ameaças de abortamento – que também podem ser confundidas com menstruação.

5- Ter enjoo do marido?
Sim. Algumas mulheres reclamam que ficam “enjoadas” com o cheiro do parceiro, seja com o suor ou com o perfume que ele usa – e do qual elas sempre gostaram. “Não se sabe exatamente o porque, mas a mulher tem uma maior sensibilidade olfativa neste período”, explica o ginecologista Paulo Poli Neto.

6- O pai sentir os sintomas da gravidez?
Sim. Durante a gravidez da parceira, alguns homens desenvolvem a Síndrome de Couvade, ou seja, passam a ter sintomas físicos gestacionais. O problema pode envolver desde distúrbios leves, como náuseas e alterações de sono e peso, até “contrações” na hora do parto! Segundo o médico Paulo Poli Neto, não há uma explicação definida para a Síndrome, mas ela deve estar ligada a fatores psicológicos e hormonais.

7- Sentir um aumento na resistência física?
Sim. Ao contrário do senso comum, que diz que as grávidas ficam moles e cansadas o tempo todo, muitas mulheres neste período chegam a ganhar uma resistência física extra. “As atletas russas até engravidavam antes das competições, pois no início da gestação ocorrem alterações de musculatura e irrigação sanguínea dos tecidos, aumentando a resistência”, comenta o ginecologista e obstetra Henrique Oti Shinomata.

8- Sentir mais desejo sexual?
Sim. Algumas mulheres sentem uma queda no apetite sexual – seja pelas transformações corporais ou pelo “medo” de prejudicar o bebê –, mas outras têm a libido aumentada neste período. O ginecologista e obstetra Henrique Oti Shinomata, explica que as mudanças no metabolismo da mulher nesta fase podem dar mais disposição para transar. “Além disso, alterações hormonais modificam o corpo, como o aumento das mamas, fazendo com que muitas delas se sintam mais atraentes para o companheiro”, diz o médico.

9- Ter problemas de coluna?
Sim. Com o aumento do peso do corpo e a mudança do eixo de equilíbrio da mulher, podem ocorrer mais episódios de dor na musculatura lombar e uma diminuição no espaço entre as vértebras, que eventualmente provocam dor e sensação de formigamento nas costas e nas pernas. No entanto, a gravidez não provocará nenhuma alteração definitiva na coluna. Essas sensações tendem a melhorar após o parto.

10- Beber mais água?
Sim. Durante toda a gravidez, há um acúmulo natural de água em torno de 7 a 8,5 litros, normalmente distribuídos entre o feto, a placenta, o líquido amniótico e os tecidos maternos. De acordo com o ginecologista Flávio Rotman, um alto volume de água acumulado na gravidez frequentemente acompanha um maior peso do recém-nascido. Portanto, é muito importante ingerir o líquido no período gestacional.

11- O feto pesar pouco?
Sim. Muitas gestantes também ficam ansiosas com o crescimento do bebê, querendo que o filho “engorde” rapidamente. O ginecologista e obstetra João Leandro Costa de Matos tranquiliza as mamães e esclarece que o feto só começa a ganhar gordura (peso) a partir dos sete meses de gestação. “Até esta época, ele raramente passa de dois quilos”, explica.

12- O bebê não se mexer?
Sim. Algumas grávidas também ficam muito preocupadas quando não sentem o bebê se mexer na barriga. Na verdade, ela só irá começar a sentir os primeiros “pontapés” ou “espreguiçamento” a partir do quarto mês. Após 28 semanas, essa agitação aumenta, já que a criança percebe melhor os movimentos da mãe e os ruídos externos e passa a se mover mais a partir desses estímulos.
- Porém... é pouco provável que uma gestante não sinta o bebê no final da gravidez e, nesses casos, deve procurar o médico.

13- Comer por dois?
Não. Embora o corpo da gestante esteja em constante trabalho, mesmo que esteja quieta ou dormindo, esta velha história de “comer por dois” é pura balela. O que a mulher precisa neste período é de uma dieta equilibrada e orientada pelo médico. O consumo calórico médio de uma gestante sem sobrepeso e que não exerça trabalho físico varia de 2.200 a 2.500 calorias, bem pouco a mais do que o necessário antes de engravidar.

14- Ficar com as gengivas inflamadas?
Não. Muitas mulheres acreditam que a gravidez pode danificar os dentes, o que é uma grande lenda. 
- Porém... Segundo a cirurgiã-dentista Cristina Bechelli, o que pode ocorrer com maior frequência durante a gestação é a gengivite gravídica, uma inflamação com sangramento da gengiva causada pela variação hormonal – que é cessada após o nascimento do bebê. “Muitas vezes, a gestante sente enjoos e não faz a higiene bucal após passar mal. Daí, o ácido fica grudado, corroendo os dentes”, explica. Para evitar danos à saúde oral durante a gestação, mantenha sempre os dentes e gengivas bem limpos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Azia na gravidez



Minha gestação foi bem tranquila, mas o que influenciou bastante para isso foi minha alimentação, que antes de engravidar já era saudável. Apenas cortei as comidas que não são tão saudáveis, no qual eu me dava o luxo de comê-las e, quando abria exceção, não havia exageros.
Cheiro de fritura me enjoava e o cheiro do restaurante japonês também, meu estômago embrulhava na hora, e a azia começava.  A solução era evitar lugares com esses cheiros.
Meus desejos não foram nada extravagantes. Às vezes ficava com água na boca e uma vontade crescente de comer frango teriyaki, da #subway. Para mim, é o melhor fast food (ainda bem que coincidiu rsrs)!
Existem alimentos que dão azia e o melhor a fazer é deixá-los longe do seu cardápio. Se porventura, for algum alimento que contém um nutriente essencial para sua alimentação, procure substituí-lo por outro com as mesmas vitaminas. 
A azia é bastante conhecida pelas gestantes como uma queimação e desconforto no estômago, muito comum no primeiro trimestre, mas que pode continuar nos próximos. Sua causa se deve às mudanças físicas e hormonais, que fazem os ácidos gástricos (que participam da digestão) subirem pelo esôfago, tornando sua eliminação lenta, assim como a digestão, ocasionando a sensação desagradável de azia. A foto mostra bem como nossos órgãos se espremem bastante para dar espaço ao bebê, placenta, líquido amniótico etc. 
Então, vou compartilhar algumas dicas que pode ajudá-la:
* Refeições leves e uma ótima mastigação;
* Evite temperos fortes e comidas apimentadas e cítricas, frituras, bebidas alcoólicas e com alto teor de cafeína;
* Deixe para beber líquido no final das refeições e não durante elas;
* Não se deite logo em seguida das refeições, espero no mínimo 1h para deitar-se;
* Antiácido, sob recomendação de seu médico.

:)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Gravidez é sinônimo de saúde


Descobriu que está grávida?
Então você se pergunta:
- e agora o que devo comer?
Calma!
Depois que descobri que estava grávida, aqui em casa nossa alimentação melhorou. Se comíamos bem, passamos a comer melhor.
👉Pois variávamos bem os legumes, vegetais e as frutas, até mesmo para não exagerar de mais em um nutriente específico e faltar também importante para nossa saúde.
👉Lembre-se que ter uma alimentação saudável é fundamental para o desenvolvimento do bebe.
👉Nunca fui de tomar bebidas alcoólicas. O refrigerante já não participa do meu cardápio a uns 8 anos. A grande maioria das mulheres tem uma queda por chocolates, mas no período gestacional eu não abusava, quando eu comia, era apenas um pedaço por dia, só para matar a vontade mesmo.
👉As maiores dúvidas que tive foi quanto a ovo e adoçante.  Ovos podemos comer sem medo, se possível, diariamente. Contribui para o crescimento e saúde cerebral do bebê e na prevenção de defeitos no tubo neural. Já com relação a adoçante, os maiores vilões são a sacarina e o aspartame, responsáveis por anomalias e atraso mental em fetos, respectivamente.
👉Fique atenta aos rótulos dos produtos ;)
👉Evite qualquer tipo de carne (vermelha ou branca, ovo, salsicha, linguiça, peixe e frutos do mar) crua ou malcozida, isso vale também para massas.
👉Nada de exagerar no café. Na época, troquei o café por chás. Na verdade, a gestante deve evitar grandes quantidades de cafeína.
👉Evite comer muito fora de casa, como massas em geral. Claro, que uma vez ou outra não vai fazer mal.
👉Evite comidas com bastantes condimentos e muito apimentadas.
👉Não vale comer por dois, mas sim para os dois – mãe e bebe.
👉Coma muitas frutas, verduras e legumes. Dê uma variada nas hortaliças. E vale usar sua criatividade!

;)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Medos e Mitos no Parto Normal


Medos e Mitos no Parto Normal
 
Muito provavelmente não existe assunto mais envolto em medos, tabus e mitos do que o tema “parto”. Quem está ou já esteve grávida um dia sabe bem o que é ouvir da manicura, da vizinha ou de conhecidos próximos, histórias tenebrosas sobre bebês que morrem na barriga, dos bebês que ficam com paralisia cerebral por causa do parto, do líquido que seca, do cordão em volta do pescoço que sufoca o bebê e por aí vai.

A mensagem por detrás das linhas é o de que as mulheres de hoje são mesmo incapazes de parir seus filhos em segurança e que passar pelo parto normal é algo extremamente perigoso e antiquado. De fato, se fosse mesmo assim, nossos antepassados seriam todos paraplégicos, teriam cabeças tortas ou a espécie humana teria simplesmente se extinguido.

Pensando em proteger nossos ouvidos e nosso coração de tamanho “ataque” e fortalecer escolhas conscientes, vamos desvendar aqui alguns mitos que cercam o parto normal, tendo como norte as evidências científicas e algum conhecimento sobre fisiologia do parto.

Falta de dilatação – “Meu útero não dilatou e teve que ser cesárea.”

Tecnicamente falta de dilatação não existe. Existem tempos diferentes para cada mulher dilatar. É muito comum ver mulheres chegando cedo demais no hospital, ainda em pródromos ou em um falso trabalho de parto. Pode acontecer sim uma evolução difícil da dilatação, ou uma dilatação que estaciona em alguns cm e não vai para frente. Provavelmente alguma “interferência” do ponto de vista emocional ou até mesmo do ambiente externo (excesso de luzes e pessoas observando, ar condicionado forte, clima tenso) pode estar interferindo negativamente e caberia à assistência eliminar tais estímulos e ajudar a mulher a enfrentar seus medos e ir em frente.

Cordão umbilical enrolado – “O cordão estava em volta do pescoço do bebê, se fosse parto normal ele iria se enforcar e morreria.”

Pra começo de conversa mais de 30% dos bebes nascem com circular de cordão e nascem de parto normal muito bem, obrigado. O cordão umbilical é bem comprido e é preenchido de uma gelatina elástica e todo torcido, preparado justamente para não interromper o fluxo de sangue se for dobrado ou enrolado. O bebê recebe oxigênio através do sangue que passa pelo cordão umbilical e não respira pelos pulmões justificando que iria sufocar, enforcado no cordão. Pode acontecer alguns casos raros (bem raros mesmo) de haver um cordão umbilical curto demais, o que impediria a saída do bebê do útero se estivesse com circular. Isto seria detectado durante o trabalho de parto (pela escuta dos batimentos cardíacos do feto) e aí sim uma cesárea seria necessária e bem vinda.

Medo da dor - Muitas mulheres dizem que não conseguiriam passar por um parto normal por serem muito sensíveis à dor.

Na verdade não sabemos como é a dor do parto antes de passar por ela. Não sabemos como iremos reagir. A dor do parto é sábia, vem em ondas dando um intervalo de descanso entre uma onda e outra, nos permitindo recuperar as forças. A dor faz com que o organismo libere diversos hormônios fundamentais para este período, que irão interferir até mesmo na amamentação. Um destes hormônios é a endorfina, que é um analgésico natural. Nos sentimos como atletas no final de um grande jogo. Mesmo com dor, mesmo com contusões, seguimos adiante em busca da vitória e do grande prêmio que é ter o bebê nos braços no final da partida. O processo da dor permite que nos descubramos cada vez mais fortes e capazes. Quantas mulheres não se surpreendem com a força que têm depois de um parto! E esta força nos garante muita confiança para cuidar de um recém-nascido. Vale a pena tentar e conhecer de perto as diversas técnicas de alivio de dor e desconforto como o uso da água, posições, massagens e até mesmo a anestesia na fase final do parto.

Cesárea é um procedimento indolor – “Tenho muito medo da dor do parto, então já marquei a data da cesárea.”

Eis um grande mito. O corte da cesárea geralmente dói de forma contínua por algumas semanas ou até meses depois do parto. Bem quando precisamos estar inteiras para cuidar do bebê. Vale a pena lembrar que uma cesárea é uma cirurgia de grande porte, corta sete camadas de tecido, incluindo o músculo abdominal. No momento da cirurgia, estamos anestesiadas, mas geralmente sentindo todo o processo de abrir e mexer com o bebê e com o útero, sensação que pode ser bastante aflitiva para muitas mulheres.

Bacia estreita ou bebê grande demais.

A idéia aqui é que a cabeça do bebê seria maior do que a bacia da mãe e não poderia passar pelo canal de parto. Esta desproporção pode até acontecer, mas em alguns casos raros. O fato é que é tecnicamente impossível saber se o bebê não vai passar antes que o trabalho de parto tenha começado e a dilatação esteja completa. Ou seja, só é possível diagnosticar um caso real de desproporção entre cabeça do bebê e pelve da mãe, no final do trabalho de parto. E, mesmo que se encaminhe para a cesárea, mãe e bebê tiveram muitos ganhos, do ponto de vista hormonal e psíquico, por terem passado pelo trabalho de parto.

Parto demorado – A idéia aqui é que se um parto for muito demorado o bebê estaria correndo sério risco de vida.

Na verdade não existe um padrão de tempo pré-determinado para o parto acontecer. Cada mulher tem um tempo próprio para parir. Um parto pode demorar 1 hora como pode demorar 3 dias.

O que interessa é avaliar adequadamente se os sinais vitais do bebê e da mãe estão bem, o que se faz pela escuta dos batimentos fetais e da pressão e vitalidade da mãe. Enquanto estes sinais estiverem num padrão tranqüilizador, então o parto está no tempo certo.

Parto normal “estraga” a mulher – A idéia aqui é de que a passagem do bebê pela vagina alargaria o canal de parto, deixando a mulher “alargada” e interferindo negativamente no prazer sexual do casal.

Eis um grande mito. O canal por onde passa o bebê é como um diafragma , a vagina e o períneo (musculatura que envolve a entrada da vagina e ânus) são grandes e fortes músculos e sendo assim, tem a capacidade de relaxar e contrair, voltando ao tamanho normal ou muito próximo ao normal depois do parto. A vivência do parto e a percepção de que é possivel utilizar esta musculatura pode melhorar e muito a vivência sexual da mulher e de seu parceiro. A melhor forma de prevenção da frouxidão da vagina ou da bexiga é através de exercícios que podem ser feitos com o períneo. Evitar o parto normal ou submeter-se a episiotomia - corte cirúrgico feito na vulva e vagina para acelerar o parto – para evitar de ficar “ alargada” é um grande mito cultural hoje impregnado em nossa sociedade e que vem sendo lentamente revisto pela literatura científica.

Mais mitos e medos ainda povoam a idéia de parto na nossa cultura atual. Falar sobre todos daria certamente um extenso livro. Mas vale aqui lembrar que o gênero humano teve mais de 2 milhões de anos para aperfeiçoar a fisiologia da gestação e do parto. Se herdamos defeitos, herdamos também soluções adaptativas. Talvez jogar luz do conhecimento sobre mitos e medos culturais da nossa atualidade seja um caminho necessário para os dias atuais.

Eleonora de Moraes
Psicóloga, doula (acompanhante de parto) e educadora perinatal
Coordenadora do Despertar do Parto